A gestação é um período delicado da vida da mulher em que o uso de produtos e procedimentos estéticos deve ser cuidadosamente avaliado. Já existe comprovação de que alguns, de fato, podem prejudicar a formação do bebê. Para outros, ainda faltam estudos que atentam a sua segurança. Na dúvida, veja o que é melhor evitar.

Leia os rótulos dos cosméticos

Qualquer tipo de retinoide (retinol, retinaldeido) está proibido porque essas substâncias estão relacionadas à malformação fetal. A proibição também vale para os ácidos, principalmente salicílico e retinoico. Como eles são bem absorvidos pela pele, há risco de atingirem a placenta por meio da circulação e, assim, comprometerem o desenvolvimento do bebê. Isso também vale para ureia, produtos com cânfora e com chumbo na composição.

A partir do quarto mês, produtos com ácido glicólico (em concentração até 10%) e ácido azelaico podem ser utilizados.  Eles ajudam a controlar a oleosidade da pele e atuam no clareamento de manchas. Até lá, aposte em produtos à base de vitamina E, vitamina C e DMAE para prevenir rugas e linhas de expressão.

Melasma: foque apenas em evitar

Durante a gestação, as chances de desenvolver ou piorar o quadro de melasma são grandes. No entanto, esse é o momento de prevenir, não de tratar o problema. Então, redobre o cuidado com a proteção solar (faça do filtro solar o seu melhor amigo da vida!) e, caso as manchas apareçam, adie o tratamento até terminar a fase de amamentação. Então, procedimentos estéticos como peelings, lasers, cremes antioxidantes e clareadores (com ativos como hidroquinona, ácido kójico e ácido azelaico) poderão entrar em cena para deixar a sua pele mais bonita.

Adie a remoção de verrugas e pintas

Durante a gestão, há chance de verrugas e pintas em regiões como pescoço, abaixo dos seios e próximo aos olhos aumentarem em número e tamanho. Se isso acontecer com você, tenha paciência e espere o tempo certo para fazer procedimentos estéticos de remoção. Mesmo que eles sejam simples, podem envolver riscos por conta de anestesia, sangramento e infecções.

É hora de cabelos naturais

A química presente em qualquer produto com a função de mudar a cor dos cabelos (especialmente nas tinturas tradicionais) pode interferir negativamente na formação do bebê e até na produção do leite materno. É só a partir do quarto mês de gestação que a coloração pode ser feita com xampus tonalizantes e livres de amônia e iodo.

O alisamento dos fios também está proibido. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, os produtos químicos utilizados nesses procedimentos estéticos (principalmente o formol) são muito perigosos. Eles podem penetrar na corrente sanguínea por meio do couro cabeludo e atingir o bebê. Mesmo que digam que não há formol na composição dos produtos usados no alisamento, os especialistas alertam: não acredite! É muito difícil comprovar a alegação e essa não é hora de correr riscos.

Faça as pazes com as ruguinhas

Durante a gestação, também não é recomendado que você faça procedimentos estéticos que atuam contra rugas e linhas de expressão. Aplicação de toxina botulínica, bioestimuladores de colágeno e preenchimentos com ácido hialurônico são contraindicados porque ainda não existem estudos sobre os possíveis efeitos colaterais em grávidas. Quando passar o período de amamentação, aí sim, você pode voltar a combater os sinais do tempo com esses tratamentos.

Nada de radiofrequência!

As ondas de rádios emitidas pelo aparelho de radiofrequência podem interferir na formação do bebê. Então, pelo menos nesse período, aprenda a conviver bem com celulite e flacidez. Já o peeling de cristal está liberado para agir contra rugas, estrias e manchas. O procedimento utiliza uma ponteira de cristal para fazer uma esfoliação na camada externa mais superficial da pele. Por isso, não tem impacto sobre o desenvolvimento da criança.

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